2023-03-08; 17:16:53
joaopaulo |
2) Relate um episódio que considere interessante relacionado com seu desenvolvimento profissional |
2023-03-09; 21:18:06
sandraferreira |
Se tivesse que enumerar um episódio relacionado com o meu desenvolvimento profissional, não sairia daqui pois ser professor além de ser uma missão é também uma das experiências mais enriquecedoras e desafiantes vivida intensa e diariamente com cada um dos nossos alunos. Ser professor é dar e receber! Só assim conseguimos evoluir diariamente em termos profissionais... |
2023-03-11; 00:07:24
Paula_AESC |
O meu desenvolvimento profissional começou pelo fascínio pelas ciências despertado por séries de divulgação como "Cosmo" do Carl Sagan ou o Mundo Misterioso de Arthur C. Clarke, não creio ter perdido um episódio de qualquer um deles. A melhor professora da minha vida foi a de FQ do 8º ano e a pior foi a de Química de 12º. Como algumas situações da vida, o meu desenvolvimento profissional, começa por um acaso. Faltava um professor e eu fui preencher a vaga. Entrei naquele espaço de ensino e soube que era ali que queria ficar. Ainda hoje lá estou. |
2023-03-11; 00:08:59
Paula_AESC |
O meu desenvolvimento profissional começou pelo fascínio pelas ciências despertado por séries de divulgação como "Cosmo" do Carl Sagan ou o Mundo Misterioso de Arthur C. Clarke, não creio ter perdido um episódio de qualquer um deles. A melhor professora da minha vida foi a de FQ do 8º ano e a pior foi a de Química de 12º. Como algumas situações da vida, o meu desenvolvimento profissional, começa por um acaso. Faltava um professor e eu fui preencher a vaga. Entrei naquele espaço de ensino e soube que era ali que queria ficar. Ainda hoje lá estou. (Paula Louçã) |
2023-03-17; 16:46:00
elio.santos |
É difícil dar destaque apenas a um episódio em concreto tendo em conta o enorme desafio que temos. De qualquer forma, posso destacar a dinamização de atividades práticas com materiais simples (do quotidiano local) quando lecionei como professor da cooperação portuguesa na Guiné-Bissau. Lembro-me bem quando cheguei a este país africano e me deparei com a realidade do ensino das Ciências (sem laboratórios nem qualquer tipo de material), pensei que seria impossível fazer algo que de facto fizesse alguma diferença, mas enganei-me e ainda bem! |
2023-03-17; 16:46:30
elio.santos |
É difícil dar destaque apenas a um episódio em concreto tendo em conta o enorme desafio que temos. De qualquer forma, posso destacar a dinamização de atividades práticas com materiais simples (do quotidiano local) quando lecionei como professor da cooperação portuguesa na Guiné-Bissau. Lembro-me bem quando cheguei a este país africano e me deparei com a realidade do ensino das Ciências (sem laboratórios nem qualquer tipo de material), pensei que seria impossível fazer algo que de facto fizesse alguma diferença, mas enganei-me e ainda bem! (Élio Santos) |
2023-03-18; 12:55:06
saragil |
É difícil escolher um episódio, felizmente existem inúmeras situações que contribuem para o nosso desenvolvimento profissional, aliás estarmos a frequentar esta formação, pesquisar sites e plataformas colaborativas nas áreas educacionais demonstra o quão é importante para nós estarmos em constante aprendizagem. No entanto, pensando num exemplo no 9ºano. Apresentámos um artigo sobre dois reis extraplanetários que vão ter um herdeiro ou herdeira. Explorámos probabilidade e hereditariedade como temas principais, mas deixando que os alunos pudessem escolher os seus próprios métodos de organização, criando um esquema, um desenho com o fenótipo do bebé (em genótipos dominantes e com maior probabilidade, mas também do contrário) e um artigo de anúncio do nascimento entre outros e diversas reflexões durante o processo, sendo desenvolvido em ilhas e as docentes iam passando levantando questões. No decorrer desta atividade em turmas diferentes e posteriormente com a apresentação desta numa conferência nacional foi extremamente gratificante e produziu inúmeros comentários e sugestões de melhoria e de exploração da tarefa com incrementos etc. Criar momentos de discussão e construção de experiências é fundamental e este espaço deverá ser valorizado. Ter tido um par pedagógico foi das experiências mais enriquecedoras da minha carreira. (Sara Cristina Serra Gil) |
2023-03-18; 15:12:22
anadulce |
Enquanto professora que partilha parte da sua vida com os alunos, são muitos os momentos que permitiram o meu desenvolvimento profissional. Estar com cada um dos alunos traz, diariamente, aprendizagens que jamais esqueceremos. Posso referir, no entanto, o desafio que foi estar confinada em casa e pensar e dinamizar as aulas online. Tínhamos aulas diariamente e, no meio de microfones ligados e câmaras desligadas, foi necessário cativá-los mais ainda, apresentar diferentes formas de transmissão de conhecimento, com recurso a tecnologia e software que eu não dominava, e dar-lhes espaço e tempo para se expressarem, de modo a que a infelicidade de , de repente, estarem fechados em casa não os dominasse. Pesquisar online diferentes plataformas, em trabalho de grupo com outras colegas, partilhando, foi muito inspirador. |
2023-03-19; 14:08:57
artur.coelho |
Sinceramente não sei como responder. Talvez o dia em que eu, professor de EVT a dar TIC, disse aos meus alunos que íamos começar a aprender a programar. "Não percebo nada disto", disse-lhes. "Vamos aprender todos juntos". E isso, tornou-se o meu modo educativo, deixar de ter medo de trabalhar em aula áreas que não domino totalmente, arriscando, trabalhando com os alunos, percebendo o que funciona ou não. Hoje, faço (entre outras coisas), workshops de programaçáo criativa, mostrando aos meus colegas em modo mão na massa como podemos programar e roboticar a pensar em experiências estéticas e artísticas. Isso não aconteceria se não tivesse perdido o medo de dizer aos meus alunos "olhem, meninos, eu não percebo lá muito disto, mas sei que é importante aprendermos, por isso, vamos em frente". |
2023-03-21; 20:35:40
TeresaAlmeida |
O percurso profissional de um professor vai muito mais além do que um só episódio, é uma construção continua e diária, aponta em inúmeras frentes visto que trabalhamos com tantas pessoas, tantas áreas, tantas idades e experiências de vida. Ainda assim e pedindo “um episódio”, posso lembrar que o trabalho de equipa entre profissionais, internos ou externos à escola, enriquece profundamente o conhecimento e a perspetiva que tenho do meu desempenho profissional. (Teresa Almeida) |
2023-03-22; 16:56:39
ana.neves |
Penso que um professor "cresce" profissionalmente a cada dia. Numa manhã de aulas, turma após turma, os desafios renovam-se a cada 50 ou 100 minutos, nada é igual. Apesar de não ser fácil escolher um único episódio, destaco como marco do meu desenvolvimento profissional, e pessoal, o Projeto Jovens Investigadores. Este projeto foi implementado, na escola onde leciono, por mim (de Física e Química) e pela colega de Biologia/Geologia nas turmas de 12º ano de Química e Biologia, com a colaboração de professores do ensino superior/investigadores. Cada grupo de alunos desenvolveu um pequeno projeto de investigação orientados por um dos referidos professores/investigadores, onde foram trabalhadas as aprendizagens essenciais das disciplinas de 12º ano, mas também competências fundamentais para o ensino superior. Foi sem dúvida o maior desafio profissional em que já me envolvi, e aquele que mais contribuiu para o meu desenvolvimento profissional. |
2023-03-22; 16:59:31
paulanavarro |
Numa aula de Física de 10.º ano apresentei um desafio: construir uma torre de palitos de gelado capaz de suportar o maior peso possível. Os alunos ficaram animados com a proposta e começaram a trabalhar, nos seus grupos, para construir torres bem estruturadas. Expliquei a importância de aplicar conhecimentos de matemática e de física na construção das torres, como cálculo das medidas e áreas dos palitos, além de conceitos, como balanço de forças e centro de massa. Os alunos foram além disso e pesquisaram sobre os tipos de estruturas e materiais utilizados nas construções. Decorridas algumas semanas, criaram torres bastante altas e sólidas. Na última aula, as torres foram testadas, colocando pesos progressivamente maiores até que as torres caíssem. O grupo vencedor teve a oportunidade de explicar à turma quais foram as suas estratégias e estruturas utilizadas. A aula foi um sucesso, pois os alunos puderam aplicar conhecimentos teóricos de matemática e física para resolver um desafio realista. Além disso, aprenderam sobre cooperação e liderança nos seus grupos. Todos saíram inspirados e motivados a descobrir o que mais poderiam aprender com a matemática e física. (Paula Navarro) |
2023-03-22; 17:08:42
ana.neves |
Penso que um professor "cresce" profissionalmente a cada dia. Numa manhã de aulas, turma após turma, os desafios renovam-se a cada 50 ou 100 minutos, nada é igual. Apesar de não ser fácil escolher um único episódio, destaco como marco do meu desenvolvimento profissional, e pessoal, o Projeto Jovens Investigadores. Este projeto foi implementado, na escola onde leciono, por mim (de Física e Química) e pela colega de Biologia/Geologia nas turmas de 12º ano de Química e Biologia, com a colaboração de professores do ensino superior/investigadores. Cada grupo de alunos desenvolveu um pequeno projeto de investigação orientados por um dos referidos professores/investigadores, onde foram trabalhadas as aprendizagens essenciais das disciplinas de 12º ano, mas também competências fundamentais para o ensino superior. Foi sem dúvida o maior desafio profissional em que já me envolvi, e aquele que mais contribuiu para o meu desenvolvimento profissional. Ana Sofia Mendes Neves Cachucho |
2023-03-23; 02:07:47
mariacardodo |
Poderia referir diversos episódios, no entanto um dos que mais me marcou foi quando tive de lecionar a disciplina de Matemática a alunos do 5.º ano. Professora de Físico-Química do 3.º ciclo e do secundário a lecionar outra disciplina a alunos de uma faixa etária diferente. Foi muito desafiante e contribuiu imenso para o meu desenvolvimento profissional. |
2023-03-24; 12:28:38
inesribeiro |
Após 20 anos a lecionar, são inúmeros os episódios que poderia partilhar. No entanto por ser de uma área um pouco diferente (Educação Física), não muito usual por aqui! Posso relatar um trabalho que fizemos na semana do espaço, onde fizemos aulas colaborativas entre Educação Física, Matemática, Físico-química e Geografia. Quatro professoras a trabalhar ao mesmo tempo no mesmo espaço físico. Trabalhamos por estações e os alunos iam passando por cada uma de nós e realizavam a tarefa proposta (tarefa prática e experimental). Partilho a estação de Educação Física, na minha estação os alunos tinham de treinar como um Astronauta. Tinham vários exercícios para realizar o mais próximo do treino do astronauta. (Inês Ribeiro Fernandes) |
2023-03-30; 18:00:54
carlamalta |
Entre as muitas vivências profissionais, um dos episódios marcantes aconteceu durante a minha experiência profissional num lugarejo de uma freguesia de um concelho do interior do Baixo Alentejo. Numa sala de Jardim-de-infância frequentada por um grupo heterogeneo de 10 crianças, por altura do Natal, organizei uma ida a Lisboa com as famílias ( não leitores ou apenas com frequência no 1º Ciclo) para assistirem a um musical, usufruírem da iluminação de Natal e visitarem um Centro Comercial. Para a maioria foi a primeira vez que visitaram a cidade de Lisboa, assistiram a um espetáculo, viram in loco as iluminações de Natal, visitaram um Centro Comercial e as suas reações verbais e não verbais, de admiração, receio, euforia e felicidade foram de tal modo marcantes, para crianças e adultos que, até hoje, passados 23 anos, ainda estão na minha memória. Efetivamente a escola, em particular os professores, podem marcar a diferença na vida de crianças e adultos. |
2023-03-31; 00:38:37
anacarvalho |
A minha experiência numa unidade de apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais em que pude, sobretudo, entender a importância dos profissionais da saúde e da educação nas famílias destas crianças. Crianças com uma ou mais patologias, que, dado a severidade das mesmas, tornam-nas sempre dependentes de terceiros para qualquer atividade diária. Pude constatar que, desde o nascimento das crianças, o devido acompanhamento destes profissionais no percurso destas famílias, tem um impacto muito significativo no funcionamento e mesmo na identidade de cada uma delas. Hoje, a minha abordagem às famílias, resultante desta experiência, é mais atenta e preocupada. Ana da Conceição Faria de Carvalho |
2023-04-03; 11:52:19
ANABELA |
Considero que, desde o primeiro dia em lecionei e até ao presente, todos os dias foram de evolução e de aprendizagem. No entanto, destaco um aspeto muito desafiante ao longo do meu percurso profissional, os oito anos em que lecionei mais que um ano de escolaridade. Sou Professora do 1º ciclo e existiram anos letivos em que tive dois anos de escolaridade na sala, três anos de escolaridade e quatro anos de escolaridade em sala de aula. Mas com muito empenho e dedicação consegui sempre chegar a todos os alunos. Anabela Cardoso Alves |
2023-04-03; 12:30:30
joanagoncalves |
De muitas experiências e inúmeros contextos económicos e sociais, posso destacar o meu primeiro ano de trabalho numa escola da Amadora. Apesar de muitos desafios e pouca experiência, marcou-me a união do grupo e a iniciativa para desenvolvermos vários projetos e ideias com os alunos. Uma dessas ideias foi a criação de um espaço onde os alunos puderam praticar jogos matemáticos (Hex, Rastros, …). Muitos alunos que não conseguiam ter bons resultados na disciplina, empenhavam-se muito na prática destes jogos e lembro-me de muitas vezes a sala estar tão cheia que tinham de esperar pela vez. Em cada ano, a escola fazia a seleção de um aluno por jogo e pagava a viagem, alojamento e refeições na cidade onde era a final, o que era uma experiência nova para muitos deles. Para além disso, como iam estar numa Universidade (onde são as finais) muitos, que nunca tinham pensado prosseguir com os estudos, vinham de lá motivados para o fazerem. Joana Raquel Gonçalves |
2023-04-03; 20:14:45
sarafariamonteiro |
Quando acabei o 12.º ano não sabia o curso que deveria escolher pois diziam-me que se tirasse Matemática seria professora o que eu não queria pois sabia o que estes sofriam nas aulas... além de que também gostava de informática, física, química e biologia - assim fui tirar Engenharia Florestal, ramo de Produção Florestal. No final da licenciatura fui desafiado por um amigo a concorrer nos mini concursos. Pensei que não seria colocada ou se o fosse seria para uma substituição temporária. Tive horário completo até ao fim do ano. Quando me licenciei já sabia que, afinal, queria ser professora de Matemática por isso a seguir fui tirar essa licenciatura, depois o mestrado em didática da Matemática (pré Bolonha) e não consigo parar de aprender pois os meus conhecimentos de Engenharia Florestal, tão úteis nos primeiros anos, começaram a ficar aquém das necessidades dos meus alunos. |
2023-04-06; 13:31:50
Graça Delicado |
Como professora de Física e Química, a área laboratorial é sempre desafiante, pelo lado positivo, pelo entusiasmo e motivação dos alunos, apesar das muitas limitações materiais que existem nas escolas. Como episódio a partilhar, o fabrico laboratorial de sabonetes, bolachas e velas aromáticas por alunos do 8º ano que depois de testados e apresentados na aula , levaram para casa, como presentes de Natal, com fotos deles em plena atividade laboratorial. Foi mais do que adquirir conhecimentos de química, houve ligação à parte afetiva e ainda hoje falam nisso, o que para qualquer professor é muito gratificante. Graça Delicado |
2023-04-10; 00:18:09
michel.pimenta |
É difícil destacar uma única experiência interessante relacionada com o meu desenvolvimento profissional, refletindo numa carreira de mais de 25 anos de lecionação da disciplina de Física e Química; estas são inúmeras e cada uma singular na forma como contribuíram para uma reflexão e evolução da minha formação profissional e pessoal. Destaco aquela cuja memória é mais recente e por considerar que, no início, não me parecia uma experiência muito significativa mas, surpreendentemente, se tornou muito enriquecedora. No ano letivo passado, em articulação com a colega de Ciências Naturais, explorámos os temas biodiversidade e sons e luz numa turma de oitavo ano, usando como local de estudo o Parque D Carlos I e a Mata Rainha Dona Leonor na Cidade de Caldas da Rainha. Criámos um guião de aprendizagem para os alunos explorarem e, usando um mapa do Parque e da Mata pedimos aos alunos que localizassem e identificassem espécies de aves através da captação dos seus sons e da utilização de uma app para o efeito; os alunos mediram níveis de intensidade sonora, usando um sonómetro digital (app no telemóvel) e descreveram, classificaram e compararam sons quanto à sua altura e intensidade. Já no laboratório, usaram um osciloscópio virtual para visualizar as ondas sonoras produzidas a partir dos registos sonoros gravados. Tudo normal até aqui, não fosse quando, tentando aproveitar o trabalho feito para uma pequena exposição, e, não tendo treinado os alunos para apresentarem os assuntos trabalhados nesta atividade, fui totalmente surpreendida pela forma como os alunos explicaram de forma irrepreensível o que tinham feito e as conclusões a que chegaram, tendo verdadeiro cuidado com a linguagem científica usada e com a exposição dos conteúdos. A minha reação a esta experiência foi tão positiva que fui motivada a partilhá-la no Casa das Ciências 2022. Cheguei à conclusão de que os alunos tinham apreendido tão bem os conceitos em virtude de a atividade os ter verdadeiramente envolvido ao nível sensorial e por isso, os conteúdos foram assimilados. Julgo ser este envolvimento sensorial que faz da aprendizagem através da experimentação um método eficaz de ensino. |
2023-04-11; 16:33:33
Inês Tomé |
É difícil destacar um episódio interessante ao longo do meu desenvolvimento profissional. Na área da Físico-Química há muitas atividades que podem ser desenvolvidas com interesse. No ano em que fiz o estágio, tivemos um projeto onde demos formação aos professores do 1.º ciclo sobre o ensino das ciências no 1.º ciclo. Achei muito interessante porque tivemos oportunidade de levar o ensino mais prático das ciências ao 1.º ciclo. Nos primeiros anos que lecionei, trabalhei com portefólios, os alunos podiam ir mais além do que era feito em aula, investigando por eles próprios. Com uma turma de percursos curriculares alternativos os alunos investigaram sobre diferentes temas (eletricidade, forças, ...) e criaram eles próprios atividades para os alunos do Jardim de Infância. Geralmente trabalho com atividades de investigação, onde os alunos têm de pesquisar e eles próprios chegarem ao resultado, por vezes tendo de construir artefatos. Este ano letivo, estou a desenvolver um projeto com a disciplina de Português, onde os alunos vão encenar o Auto da Barca do Inferno, mas as personagens são elementos químicos. Tem sido desafiante para os alunos e para nós professores. Inês Alexandra Lourenço Tomé |
2023-04-11; 20:03:48
LuisaLourenço |
Há vários episódios marcantes, mas relato um do ano letivo transato em que fui convidada pelo grupo de educação especial da minha escola para construir em colaboração com os professores de Física e Química, de Matemática e de TIC uma tarefa de investigação baseada no modelo dos cinco Es - associação de lâmpadas em série e em paralelo - para alunos surdos do 9.º ano de escolaridade. O trabalho desenvolvido em colaboração com os meus colegas foi muito enriquecedor quer em termos profissionais, quer em termos pessoais. Acresce-se o elevado desempenho destes alunos na realização da tarefa em que aprenderam ao seu ritmo (muito lento) e em que tiveram oportunidade de aprender com os seus erros. Além disso revelaram as suas próprias ideias/opiniões sobre este tópico, o que é uma mais valia para alunos surdos. Luísa Maria Geraldes Lourenço |
2023-04-12; 11:56:53
juliabarata |
Um dos episódios, que me marcou foi quando se iniciou a Robótica e Programação no 1.º ciclo no meu agrupamento, através da utilização da plataforma UBBU. A aplicação ocorreu no 3.º e 4.º anos, do 1.º ciclo. As turmas só podiam ir à sala de informática, 1 vez por semana. Nas primeiras aulas, os alunos quando tinham o computador ligado e funcional iam para os sites e aplicações que conheciam e utilizavam fora da escola, (youtube, sites de jogos, etc) e desligavam do que se estava a fazer na sala de aula (normal tendo em conta o facto de ter um equipamento à sua disposição e fazer algo que conheciam e gostavam e a sua faixa etária). Foi difícil colocar a turma a executar como primeira tarefa, quando chegavam à sala de informática, entrar na plataforma UBBU e estarem atentos ao trabalho que se iria desenrolar…difícil até à 4ª sessão pois a partir dessa sessão os alunos chegavam e queriam era ir para a plataforma UBBU e realizar as atividades e a participação passou a ser harmoniosa. As engrenagens começaram a funcionar, tanto que pediam para voltar a sala de informática mais vezes, não para irem para o youtube e site de jogos, mas sim para trabalhar na plataforma. A plataforma UBBU tem como objetivo transformar consumidores em criadores de tecnologia. Para mais informações: https://www.youtube.com/watch?v=BQrXYGPde_Y&ab_channel=ubbu-codeliteracy https://pt.ubbu.io/ https://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigos/chama-se-ubbu-foi-desenvolvida-em-portugal-e-quer-ensinar-criancas-de-todo-o-mundo-a-programar Júlia Maria Domingues Barata |
2023-04-12; 11:57:02
vitoralves |
Sendo professor do 3º ano de um curso profissional há muitos anos, onde está implícita a defesa de um trabalho individual (Prova de Aptidão Profissional) em que eu era membro do júri, acontecia muitas vezes problemas técnicos na apresentação dos trabalhos com desculpas do tipo “Em minha casa funcionava aqui é que não funciona”. Estamos a falar de projetos de software e nomeadamente construção de Web Sites dinâmicos em que o trabalho era desenvolvido na escola e em algumas situações em casa também havendo necessidade de sincronizar e transportar os trabalhos entre vários equipamentos. Para resolver este problema criei um servidor WEB na escola, aberto para o exterior (mundo) de modo que os alunos tivessem acesso a um único espaço de trabalho quer trabalhassem em casa ou na escola, resolvendo de vez o problema. Como mais valia para o meu desenvolvimento profissional, ganhei competências ao nível de servidores Linux e nomeadamente WEB Server, ao nível de administração de servidores, administração de base de dados, gestão de utilizadores Linux, ganhei competências ao nível de redes de forma a que este fique disponível tanto na escola como no exterior (configuração de DNS interno) O mais gratificante foi os problemas identificados terem desaparecido. Vitor Manuel Matela Alves |
2023-04-12; 16:57:42
nunobettencourt |
Sou um ávido consumidor de boas formações, preferencialmente, no estrangeiro. Tenho facilidade em falar várias línguas e tenho verificado que, ao fazê-lo, reativo em grande parte, as minhas capacidades intelectuais, criativas e artísticas. Considero que a minha participação no HST 2010, no CERN, foi um momento determinante no meu percurso profissional. O High School Teachers program, do CERN, em Genebra foi um programa de três semanas, passadas no CERN, em que professores de todo o mundo estiveram envolvidos em várias atividades de Física de Partículas, mas também em atividades sociais e lúdicas. Destes trabalhos emergiu a noção que, apesar dos sistemas de educação serem díspares pelo mundo fora, os problemas são, sensivelmente, os mesmos e, portanto, talvez as soluções sejam, também elas, as mesmas. Numa das partes essenciais deste programa era pretendido que construíssemos, em grupo, uma atividade STEM, em que as vertentes científicas e tecnológicas tivessem um papel preponderante, numa perspetiva de descoberta e de inovação face ao pré-estabelecido. Julgo que foi nesse grupo que percebi que o ensino é dinâmico e motor, ele próprio, da descoberta e do desenvolvimento. Por isso, sempre que posso, organizo Visitas de Estudo com alunos ao CERN, bem como a respetiva preparação, para que possam viver um pouco do que vivenciei e talvez, quem sabe, ajudar a formar futuros professores! Nuno Bettencourt |
2023-04-12; 20:15:13
claudia.oliveira |
A apresentação de uma tarefa de modelação matemática a alunos com formações e experiências profissionais diversificadas, constituiu um episódio marcante. A abordagem dos alunos à tarefa proposta foi (bastante) diferente da que eu tinha planeado, já que os alunos mobilizaram muitos conhecimentos extra-matemáticos para apresentarem uma solução válida. Nessa altura interessei-me por várias questões relacionadas com a intencionalidade das tarefas que se propõem e sobre a importância das outras áreas do conhecimento na resolução dos alunos. Esse interesse impulsionou o meu desenvolvimento profissional e académico, o que foi muito gratificante. Cláudia Cristina Pereira da Silva Oliveira |
2023-04-13; 14:10:36
mariavidigal |
Numa carreira que já conta com cerca de 30 anos de lecionação de Física e Química é lógico que haveria muitos episódios/situações que poderia aqui relatar, quer no âmbito das vivências em sala de aula, quer no âmbito da cooperação com colegas, quer ainda no âmbito da minha formação didática e científica. Como é pedido, vou apenas destacar uma delas que foi a minha participação no Curso de Formação para Professores de Física e Química de Países de Expressão Portuguesa, no CERN. Foi uma experiência muito enriquecedora e gratificante a vários níveis. Desde logo destaco a componente cientifica e tecnológica. Costumo dizer, desde então, que o CERN é um "Monumento" à Inteligência Humana, não só pelo que o CERN é, mas também por aquilo que lá se faz. Depois há ainda a componente de partilha de experiências com professores que trabalham, como eu, em escolas publicas, mas em países com realidades muito diferentes da nossa. (Maria da Conceição Vidigal) |
2023-04-13; 16:24:57
Jvidigal |
Eu sou da área da informática e estive muitos anos ligado à formação profissional e ao ensino especial, em paralelo com assistência técnica. Com a suspensão de várias atividades, durante o período da pandemia, causada pelo SARS-CoV-2, comecei, pela primeira vez, a dar aulas numa escola de ensino básico e secundário. Para além de ter vários níveis de ensino básico e secundário profissional, tinha um total de dezassete turmas o que para uma pessoa inexperiente como eu, representou um grande desafio. (José Vidigal) |
2023-04-14; 17:22:27
Ritarodafelix |
Recordo um aluno que frequentou a disciplina de Físico-Química A no 10 e 11.º anos e que podia ser intitulado de perturbador. Era um aluno que pouco registava nos cadernos diários, prestava atenção quando queria, realizava parte dos exercícios propostos e colocava questões pertinentes, nem sempre de forma correta. No entanto, apesar de não cumprir muitas das regras solicitadas em sala de aula tinha sempre bons resultados nos momentos de avaliação. No exame de 11.ºano obteve a melhor nota da escola e melhor resultado do que na avaliação interna. Acho este episódio significativo porque mostra que as convenções nem sempre funcionam e que temos de manter o espírito aberto a todos os alunos, porque cada um deles é indivíduo com uma determinada personalidade. |
2023-04-15; 13:47:40
margarida alves |
Referir um momento significativo é difícil, pois no 1º ciclo são diversos os momentos em que faço uso da prática/experiências. É uma área de grande interesse e motivação para os alunos. Leva-os a desenvolver o espírito crítico, a capacidade de análise e a participação em atividades de grupo. Margarida Alves |
2023-04-15; 21:37:33
mariafernandes |
A minha formação-base foi Química Industrial. Adorava o trabalho em laboratório, mas acabei por não ter oportunidade, em termos profissionais, de o fazer. Concorri em mini-concurso e estive a lecionar Físico-Química a turmas do 8.º e 9.º anos, durante um ano. Pensava que o ensino era monótono! Mas, constatei que de monótono não tinha nada! Todos os dias eram diferentes e para quem gosta de aprender, nada melhor que ensinar! Por isso, voltei para a universidade e formei-me em Física Ensino. Desde então, tenho exercido a minha profissão e continuo a gostar muito do que faço. Tenho podido ensinar/aprender com vários colegas de diferentes disciplinas e alunos dos vários níveis de ensino. De entre os diferentes níveis de ensino, vou referir as atividades experimentais com os alunos no 1.º Ciclo. Observar “AQUELE BRILHO NOS OLHOS!”, a CURIOSIDADE e o INTERESSE que eles demonstram nas atividades experimentais, é sempre muito GRATIFICANTE. Maria José da Silva Fernandes |
2023-04-15; 21:39:45
maria.guerreiro |
Há cerca de 25 anos, após ter lecionado numa escola de matriz militar, ingressei no ensino público, numa escola unidade de alunos surdos. Na verdade, a única que "estava mal" era eu. E assim fui tirar a especialização no domínio de educação especial. Foi uma mais valia, uma investigação muito útil. |
2023-04-15; 22:36:52
fabiovaranda |
A partir do 7º ano tive uma disciplina chamada Introdução as Tecnologias de Informação. Esse foi o ano em que o gosto pelas tecnologias começou e lembro-me da aula em que me foi dado a conhecer o teclado, a disposição das teclas e até consigo ainda sentir o pano que me foi colocado em cima das mãos para escrever sem olhar para o teclado. Esse não foi o momento da decisão pelo prosseguimento na carreira, mas foi o momento em que pensei que tinha de passar este conhecimento a outros. (Fábio Varanda) |
2023-04-16; 01:28:55
Florbela Rodrigues |
Após quase 30 anos de carreira, é muito difícil escolher apenas um dos muitos episódio que considero interessantes relacionado com meu desenvolvimento profissional. A careira de professor é pessoal e profissionalmente desafiante e gratificante e rica em episódios marcantes quase todos os dias. Destaco um ano letivo em que lecionei as disciplinas técnicas de Nutrição e Confeção de Refeições (NCR), Cuidados Humanos de Saúde Básicos (CHSB) e Higienização e Conforto (HC) a um curso CEF de equivalência ao 9º ano, em que a maioria dos alunos tinha várias repetências e contextos familiares disfuncionais e alguns tinham comportamentos e atitudes desadequadas ou até mesmo disruptivas. Sendo Professora de Físico-Química do 3.º ciclo e do ensino secundário, lecionar estas disciplinas neste curso foi um desafio enorme que contribuiu significativamente para o meu desenvolvimento profissional. Lecionar três disciplinas de uma área cientifica diferente não foi fácil, planifiquei, pesquisei, elaborei materiais de apoio para os alunos e tendo um gosto particular pelo trabalho de laboratório, fiz do atelier improvisado onde as aulas eram lecionadas, o "nosso" laboratório e aprendemos todos juntos. Foi muito gratificante todo o empenho e interesse que os alunos demonstraram ao longo de todo esse ano letivo, de facto atividades mais práticas e aprendizagens mais contextualizadas motivaram os alunos e todos concluíram com sucesso o curso. Ao ser um curso CEF os alunos têm no final a Prova de Aptidão Profissional, tendo desenvolvido em grupo-turma e para toda a comunidade escolar uma atividade denominada "Pequeno Almoço Saudável" em que era servido um pequeno almoço de acordo com as regras nutricionais e de higienização a todos os que o pretenderam tomar, alunos, pais, professores e funcionários do agrupamento de escolas, mediante uma senha pré comprada atá ao fim da manhã do dia anterior. O PAS foi servido a 138 pessoas. Foi muito dignificante! (Florbela Maria Pedro Rodrigues) |
2023-04-16; 16:29:25
elisarodrigues |
No mês passado, iniciei uma aula: Vamos ler a página … Ler ?- pergunta um aluno muito admirado. Sim, ler - respondi eu. Na escola, o que se faz?- perguntei eu. A leitura e interpretação de textos é uma das grandes fragilidades na disciplina de Matemática, a seleção de informação é um pilar basilar para o trabalho na área. Na resolução de problemas, a leitura e interpretação de textos e seleção de informação, permite a descodificação dos conteúdos na disciplina. Já percebi que algumas pessoas pensam que a Matemática é uma disciplina do gênero da Educação Física, é preciso praticar como um ato repetição, mas não é. Para o aluno conseguir analisar esquemas ou gráficos, deve ler e estudar, as variáveis em causa. O mito urbano, que o bom aluno na disciplina de Matemática não é bom aluno na disciplina de Portugues, é um engano. Os bons alunos na disciplina de Matemática devem ter raciocínio lógico dedutivo e capacidade de interpretação de textos, para conseguirem trabalhar por exemplo na resolução de problemas. A tentativa de facilitar o trabalho do aluno, nomeadamente projectar os powerpoint com a sistematização dos conteúdos, e olhando para trás, foi um erro. O aluno perdeu o hábito de ler, sem a leitura não existe conhecimento. Os alunos têm dificuldade em sistematizar o conteúdo da página do manual, é difícil para eles, ler e retirar o essencial do tema, apesar das palavras chave estarem a negrito. Se isto é mau? Não, é desesperante. Tenho de ler os enunciados, explicar o que é preciso realizar e mesmo assim ouço: Não percebo. A promoção de literacias múltiplas, tais como a leitura e a escrita, a numeracia são alicerces para que as aprendizagens de todas as disciplinas seja uma realidade, e assim, desenvolver a Escola do futuro. Apesar de alguns arautos anunciarem o fim do manual em papel, considero que nada substitui o manual em papel e a Biblioteca. Se por um lado, andamos séculos com os livros, anunciamos que os livros são importantes desde a primeira infância, por outro queremos substituir os livros por componentes digitais. Além da leitura, a escrita é muito importante, o nosso cérebro e sistema nervoso periférico adquirem a memória da escrita, tal como quando aprendemos a andar de bicicleta, o corpo adquire a memória do equilíbrio e do movimento. Com a escrita manual, o aluno adquire, a chamada motricidade fina, e aptidões, de concentração, memória e organização. Só de olhar para o caderno de um aluno, já sei quais são as competências que este aluno irá ter no seu futuro. Por vezes, revejo o meu passado, quando olho o caderno de um aluno, que parece a segunda guerra, esse aluno, é um criativo, poderá trabalhar nas áreas das Ciências, Inovação e Investigação, o seu cérebro trabalha mais rápido do que a mão com a caneta. Um aluno com uma motricidade fina bem desenvolvida poderá ser um cirurgião Enfermeiro, Arquiteto, Engenheiro, Estilista, trabalhar na área da Costura, estes alunos têm um caderno bem organizado. Também tenho alunos que não têm caderno. Em conclusão: Embora esteja anunciado o fim da caneta e do papel, considero que estão iludidos, as tecnologias estão a entrar em força na educação mas nada substitui o livro, a caneta e o papel. Maria Elisa Manero de Lemos Rodrigues |
2023-04-17; 14:36:26
david_rua |
Estávamos no início da primavera, recebemos as senhoras da farmácia para falar de alimentação saudável. No dia seguinte falámos da sessão e discutimos algumas questões relacionadas com a origem e a qualidade dos alimentos. Propus aos meus alunos (4.º ano) a construção de uma horta na escola. Entusiasmo total! Começou o projeto! E vieram as questões… Como vamos fazer? O que vamos plantar? O que é preciso? E quem cuida?... Foi fascinante ver tanto envolvimento e ainda não tínhamos começado. No dia seguinte estavam os pais a perguntar o que era isso da Horta que os filhos não se calavam em casa! Explicações dadas, “Afinal o que é preciso trazer? Queremos ajudar.” Iniciámos a fase de investigação, como iríamos construir a nossa horta, lista de material, alimentos da época… Preparámos o terreno, tirámos pedras, nivelámos e colocámos tela para as ervas. Assentámos paletes que foram cheias com terra. Muita matemática nesta faze e mãos na ferramenta. Plantámos alface, morangos, feijão, tomate, cenoura e aromáticas. Estudámos as raízes, o ciclo da água, a compostagem, os materiais, áreas e perímetros, tabelas de registo, gráficos, discutimos a importância da sustentabilidade, a alimentação saudável, cidadania… Foram muitas aulas na “sala horta” onde não fizemos fichas, mas aprendemos, aprendemos muito. As avaliações comprovaram! Os alimentos foram consumidos na casa de cada um com direito a registo fotográfico! No final já todos gostavam de salada! David Mesquita Rua |
2023-04-17; 20:41:46
Analuis1984 |
Desde sempre me lembro de ser uma amante das ciências. Enquanto crescia os brinquedos que sempre quis foram um Kit de Química e um Microscópio. Lembro-me que rejubilei quando finalmente os consegui. Ao longo da minha vida académica, a ciência foi sempre a minha primeira opção. Antes de decidir ingressar na carreira docente e de decidir que era o caminho que queria seguir, passei por vários trabalhos que nunca me realizaram tanto como quando partilhava o meu conhecimento com os outros. Daí, decidir ir fazer a profissionalização era a única opção para mim. E embora tenham sido dois anos onde conciliei um trabalho a tempo inteiro com o mestrado em Ensino da Física e da Química, onde os dias começavam às 6h30 e só terminavam por volta da 1h, foram dois dos anos mais gratificantes que tive. Já após ingressar na vida docente, o episódio que mais me marca é o testemunho de um aluno novo no Colégio onde lecionava, que estava muito entusiasmado por lá estar pois os professores, em particular a professora de Física e Química, mostravam que gostavam do que faziam e que sabiam transmitir isso aos alunos. Ana Maria Dias Luís |
2023-04-17; 21:07:53
pedropaiva |
2)O desenvolvimento profissional de um docente está relacionado com toda a sua vivência e experiência adquirida com os alunos. O objetivo é tentar fazer mais e melhor por eles para alcançarem o seu objetivo e consequentemente o próprio professor alcançar a sua realização. Sendo assim é necessário ao professor estar presente em várias formações para proporcionar um melhor desenvolvimento da sua componente profissional. Considero a experiência nesta formação muito enriquecedora a nível profissional, contudo devo referir igualmente o desafio do ensino da FQ a alunos invisuais, a participação no CERN em 2018 ou mais recentemente a final nacional nas Olimpíadas da Química com alunos de uma turma bastante difícil. A maior gratificação para qualquer professor é o reconhecimento do trabalho efetuado e passar o gosto da disciplina aos alunos. Pedro Paiva |
2023-04-17; 21:24:16
JoaoRibeiro |
Maria era uma aluna que pouco acreditava no seu jeito para a informática. Acreditava que esta era uma profissão de "só rapazes" e a Maria sentia-se deslocada numa turma onde ela era a única rapariga. No final da primeira aula de programação, questionou-me- "professor, eu nunca vou ser capaz de fazer a sua disciplina. Eu sou rapariga, tá a ver! e a informática é só para rapazes. Retorqui - Maria estás enganada! Vou dar-te alguns nomes para tu pesquisares e perceberes o quão enganada estás. Sugeri-lhe então que fizesse uma breve pesquisa sobre os seguintes nomes: Ada King (Condessa de Lovelace), Freira Mary Keller , Commodore Grace M. Hopper e Karen Sparck Jones. Na aula seguinte a Maria, comportou-se de maneira diferente. No final da aula, perguntei-lhe -Então Maria pesquisaste alguma coisa do que o professor te sugeriu?. A Maria olhou para mim e abriu o caderno. Na primeira folha havia agora, colada, uma foto colorida de Augusta Ada. No rodapé lia-se ainda a seguinte frase: Você pode! Você é capaz! Você consegue! Maria viria a tornar-se uma das melhores alunas, numa turma de "só rapazes". |
2023-04-18; 01:36:06
José Monteiro |
Desde os meus primeiros anos de escolaridade, sempre tive preferência pela matemática e pelas ciências. Assim, a aminha escolha no secundário foi, naturalmente, a área de ciências. Houve alguns professores que me marcaram, o que me levou a ter simpatia pela profissão de professor. Terminado o ensino secundário, foi essa a profissão escolhida. Já no curso do Magistério Primário, o interesse pelas ciências foi aumentando e sempre tive a preocupação de despertar o interesse dos alunos por essas áreas, utilizando atividades práticas. Procurei o meu aperfeiçoamento profissional, realizando ações de formação que fossem ao encontro dessa minha vontade. De todas essas ações, uma marcou-me de forma especial: o ensino experimental das ciências no 1.º Ciclo. Na minha componente letiva, dado que não tenho turma atribuída, desenvolvo atividades de coadjuvação ao nível das ciências experimentais e da programação. Tento desenvolver o interesse dos alunos e professores por estas áreas e fomentar atividades significativas que levem os alunos a serem observadores, a levantarem hipóteses, a apresentarem soluções. José Manuel Martins Monteiro |
2023-04-18; 13:54:32
veras78 |
Todos os dias, há episódios hilariantes e de desenvolvimento pessoal na vida de um professor, mas ainda tenho bem presente o que mudou o meu paradigma enquanto professora e passei a lecionar à distância, devido ao confinamento. De um momento para o outro, a sala de aula mudou para casa e tive que ser rápida a adaptar-me a uma realidade difícil e para a qual não estava treinada. O ensino à distância foi um grande desafio, mas graças à partilha com outros colegas, à procura de novos recursos tecnológicos, à curiosidade de novas plataformas e às mais variadas dinamizações foi possível cativá-los e levar a aprendizagem a bom porto. Vera Aires |
2023-04-18; 20:05:41
sandranog |
Alguns anos após terminar o curso de ensino da matemática 3º ciclo e secundário, com alguma frustração minha, continuava a ter colocações tardias, afastadas de casa ou com uma carga letiva tão pequena que tinha de usar uma lupa para ver o ordenado que ganhava. Como sempre quis ser professora decidi que ia tirar uma nova licenciatura, desta vez em ensino da informática (uma vez que na altura o ensino das TIC estava em crescendo e havia pouco professores profissionalizados). Apesar de ter feito algumas cadeiras neste curso não o terminei (o trabalho e duas filhas em idade pré-escolar não me permitiam grandes voos), no entanto o gosto pela programação, a curiosidade e forma como a matemática e as tecnologias se entreajudam despertaram o meu interesse para um processo de ensino diferenciador. Acredito que este "acontecimento" ajudou e continua a ajudar a melhor o meu desenvolvimento profissional. No entanto os acontecimentos que mais me ajudam a melhor o meu desenvolvimento profissional são os que vivo com os meus alunos. As suas atitudes e reações perante descobertas que fazem na realização de uma tarefa, quando percebem que determinada aprendizagem não é tão difícil quanto pensavam ou que, afinal, até percebem "de matemática" e a simplicidade com que, por vezes, eles realização atividades que são consideradas de um grau dificuldade médio/alto, são uma aprendizagem constante. Sandra Nogueira |
2023-04-19; 11:51:51
Jose_Sampaio |
Impossível destacar um só episódio nu, percurso profissional de um docente. É um percurso continuo que se altera a cada ano letivo, os intervenientes são distintos ano após ano, Alunos, Conselho de Turma e mesmo as diretrizes emanadas pela Tutela. No entanto o trabalho em equipa permite e todas as mudanças que ocorrem em cada ano letivo permitem o enriquecimento de um docente, como é no meu caso. José Sampaio |
2023-04-19; 21:48:25
raquelandrea |
Este é o meu 21º ano a lecionar ao primeiro ciclo. Ser professora deste ciclo é algo que não é monótono e praticamente todos os dias há algo que acontece e que nos faz crescer como profissionais e, aos poucos, ajuda a ter outra perspetiva do que é a escola nos tempos que correm. No entanto, no decorrer do meu percurso, poderei enumerar vários professores, sobretudo os do 3.º ciclo, que muito contribuíram para o gosto pelo ensino e para a profissional que sou hoje. Eram professores exigentes, que nos levavam a pensar, a querer saber mais, que nos incutiam o gosto pela procura e em sermos mais e melhores. Eram professores que ensinavam com gosto, que nos compreendiam, que nos conheciam e nos ajudavam, mesmo sem ser preciso pedir. Havia empatia entre alunos e professores, havia respeito. Os professores eram valorizados e valorizavam os alunos. |
2023-04-20; 00:37:01
joanarodrigues |
Sou professora do Ensino Básico 1.ºCiclo e, no meu percurso profissional de 25 anos de carreira docente, destaco o momento em que decide apresentar a minha candidatura ao Concurso de Professor Bibliotecário, do Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Escolares (RBE), em 2012. Sem formação especializada e experiência na área, mas com uma grande paixão pela Literatura Infantil, pensei que as funções de Professora Bibliotecária seriam uma experiência muito desafiante. E foi!! E continua a ser… Desde então, exerço funções de Professora Bibliotecária que, entretanto, certifiquei com a frequência na Pós Graduação “Gestão de Bibliotecas Escolares” por sentir necessidade de fazer face ao cumprimento de todas as orientações da Rede de Bibliotecas Escolares que alinha a sua atuação com as políticas educativas nacionais e internacionais e a missão das escolas. Responsável pela ação técnica de gestão funcional e biblioteconómica de várias bibliotecas escolares integradas na RBE, procuro também manter um papel pedagógico assente no trabalho cooperativo e colaborativo, no contexto das comunidades escolares em que as BE se inserem e criar situações de aprendizagem diversificadas, que favoreçam o desenvolvimento do currículo e a formação pessoal e social e coloquem o aluno no centro da aprendizagem, enquanto produtor do seu saber, reconhecendo o processo ensino/aprendizagem significativo e contextualizado com o mundo real. Dinamizo, também, programas formativos de leitura e literacias, numa perspetiva transdisciplinar entre as diferentes áreas do conhecimento, procurando tirar partido da monodocência no 1.ºCiclo. Sempre à procura de novas áreas de intervenção, por agora, estou a descobrir de que modo posso aliar a metodologia STEM ao trabalho que tenho vindo a desenvolver. |
2023-04-20; 20:36:49
mariafernandes6 |
É difícil destacar um episódio, o percurso de um professor vai muito mais além, o carreira profissional de um docente é contínua, dar e receber, crescer diariamente. Sem desvalorizar outros momentos, quando uma criança aprende a ler é dos momentos mais felizes e mais desafiantes e contribui muito para o nosso desenvolvimento profissional e pessoal. |
2023-04-20; 20:39:32
santosbarbara |
Recordo-me de umas atividades alusivas à Ciência e à Tecnologia que se realizaram durante uma semana dedicada, inclusivamente, a estas áreas e de ver as crianças completamente fascinadas. Entre imensas experiências e vivências, destaca-se na minha memória a atividade relacionada com a robótica (desenvolvidas por docentes da Universidade de Coimbra) e com as Ciências Experimentais. Os alunos estavam de tal forma motivados que não deram pelo passar das horas e, aqueles que almoçavam em casa, pediam para ficar na escola, não querendo abandonar o espaço escolar. Foram atividades extremamente gratificantes e valiosas para a construção dos seus conhecimentos, tendo sido utilizadas práticas e instrumentos adequados à faixa etária em questão. (Bárbara Cristina Fernandes Dias Santos) |
2023-04-20; 22:25:14
Lena costa |
Uma das etapas que considero interessante durante a minha carreira foi a frequência da Licenciatura em Gestão Escolar Educacional uma vez que me colocou na posição de aluna, sendo professora simultaneamente e ter desenvolvido trabalho de Grupo envolvendo pessoas das diferentes áreas do saber obrigando consenso e compromissos. Tal Aprendizagem fez-me desenvolver o conhecimento da escola como um todo. (Helena Costa |
2023-04-20; 22:25:23
João Silva |
Frequentava as aulas de química do 10º ano. O professor propôs a apresentação oral de um tema aberto relacionado com a importância da química no nosso planeta. Optei por apresentar a problemática das chuvas ácidas na Alemanha que contribuíram na altura para dizimar parte das suas florestas. A apresentação correu tão bem que o meu professor disse uma frase que me ficou até hoje na memória e que contribuiu em parte para ter optado por licenciar-me em química e mais tarde ter enveredado pela área do ensino apesar de ter feito formação na componente tecnológica. A frase foi “O João Paulo devia ser professor!”. Confesso que já sentia um gosto pela química e por isso a minha opção no 10º ano ter recaído na área das ciências, mas este episódio acabou por prever a minha futura opção de professor numa área STEM. Curiosamente eu e este meu professor fomos anos mais tarde colegas na Escola Secundária Vergílio Ferreira em Telheiras onde ambos lecionámos química ao 12ªano. Foi um privilégio ter trabalhado/colaborado com um professor que muitos anos antes tinha de alguma forma predito o que viria a ser a minha opção de carreira. Formou-se uma amizade que perdura até hoje apesar de o meu colega professor já estar reformado. João Paulo Monteiro da Silva |
2023-04-21; 00:16:57
mariacaixeiro |
Consigo pensar em vários episódios que marcam o meu caminho profissional, mas na verdade o meu desenvolvimento é o conjunto de todos os dias em que estou com as crianças e que crescemos juntos. Conseguir ter um impacto positivo na vida das crianças nem sempre e fácil, mas fizemos recentemente uma atividade em sala de aula que consistia em fazer "neve mágica" para falarmos do inverno em que fizemos bonecos de neve. Foi uma das nossas atividades preferidas sendo até confundida com magia. Por isso já como mencionei anteriormente todos os dias aprendo com eles e sinto que enriqueço profissionalmente. |
2023-04-21; 00:18:34
nadiaflopes |
Tenho por hábito pedir aos alunos para resolver os exercícios, do manual, no final de um determinado tema, procedendo à sua correção. Contudo, de forma a dar uma dinâmica diferente à correção e aproveitar as potencialidades dos manuais interativos, resolvi corrigir como se de um concurso se tratasse (os alunos davam a sua resposta e, quando existiam várias opções, bloqueávamos a mais votada). Esta dinâmica gerou uma salutar competição, mas acima de tudo permitiu a "defesa" das diferentes respostas criando uma mesa de discussão, partilha e (des)montagem de ideias científicas mais ou menos (in)corretas. |
2023-04-21; 00:19:06
RitaFilipe |
São vários os projetos em que me envolvi ao longo dos anos e nos quais foi possível desenvolver as áreas STEM. No entanto, em todos os projetos desenvolvidos persistiu uma forte componente inter e transdisciplinar, contribuindo para o desenvolvimento dos alunos no seu todo e com desenvolvimento de atividades nas várias áreas curriculares. Vou referir de forma mais especial, duas situações mais recentes. A primeira com uma experiência enquanto formadora, onde as áreas STEM assumiram um importante papel, de forma muito diversificada e enriquecedora, com a partilha refletida de atividades práticas e experimentais. Neste contexto, partiu-se sempre de atividades matemáticas ou de ciências, com recurso a instrumentos e ferramentas de caráter tecnológico e digital (sensores de massa, força, distância, temperatura, etc), de forma a desenvolver vários domínios e com vista ao desenvolvimento de diversas capacidades e aprendizagens. Uma das últimas atividades que desenvolvi, enquanto professora titular de turma, teve o seu início a partir de questões colocadas pelos alunos, tendo-se transformado num projeto de turma (tendo mais tarde envolvido toda a escola) acerca da reprodução dos seres vivos. Após a o questionamento de alguns alunos (1.º ano de escolaridade), acerca das formas de reprodução dos seres vivos, com ênfase nos animais, nomeadamente o ciclo de vida da galinha, surgiu a possibilidade de acompanhar todo o ciclo, em parceria com entidades exteriores à escola. Foi possível requisitar uma chocadeira na qual foram colocados ovos de galinhas (raças autóctones) e observar e controlar as condições necessárias para a sua incubação (controlar níveis de humidade, temperatura, etc) . Foram desenvolvidas tarefas de pesquisa acerca destes animais, realização de discussões e o recurso a sensores que permitiam a medição e registo. Após o nascimento dos mesmos, foi possível acompanhar o crescimento e atualmente estes animais já se reproduziram de forma natural, tendo sido possível estabelecer comparações e obter conclusões. Este projeto ultrapassou largamente a turma, contagiando a maioria das turmas da escola, contribuindo mesmo para novos projetos e práticas na escola e nas quais os alunos assumiram um papel ativo na construção do seu conhecimento. Rita Isabel Batista da Silva Filipe |
2023-04-21; 15:29:09
paula.sardinha |
O fascínio pela Ciência levou-me a ingressar num curso de Química do ramo científico, tendo como objetivo fazer investigação na área da Química Farmacêutica. Durante alguns anos assim foi, com bolsas de investigação que se iam renovando, fui fazendo aquilo que gostava, com algumas dificuldades em atingir alguns dos objetivos iniciais, mas com vitórias que compensavam largamente as pequenas derrotas. Num determinado ano, tal como a muitos outros investigadores, não me foi atribuída bolsa. Tive de pensar em alternativas e decidi dar aulas temporariamente durante esse ano, guardando na gaveta o projeto no qual mais tarde esperava voltar a pegar. A experiência no ensino foi tão gratificante que nunca mais a deixei, já lá vão cerca de 30 anos. Não é fácil salientar um episódio entre tantos que já vivi ao longo da minha carreira enquanto professora. Ao lecionar Física e Química e, em particular, recorrendo à componente experimental, é possível cativar, envolver e despertar nos alunos a curiosidade e gosto pela Ciência. Ver o brilho nos seus olhos e o enorme entusiasmo com que participam nas várias atividades promovidas, seja em sala de aula ou em projetos como no Clube de Ciência, é fascinante e tem sido enriquecedor para mim, quer a nível profissional, quer a nível pessoal. (Paula Cristina Soares Sardinha) |
2023-04-21; 18:04:03
ruirelvas |
Estudei Economia no ISEG e, no final da licenciatura, o Professor José Martins Barata desafiou-me a fazer um mestrado em França, na Université d’Orléans, onde recentemente se tinha doutorado. Esses estudos, especializados na área financeira e monetária, foram muito enriquecedores. Tive também acesso a uma cultura organizacional diferente, no que diz respeito ao relacionamento mais próximo entre professores e estudantes e a um ambiente mais criativo, de incentivo à exploração. Rui Alberto do Rosário Relvas |
2023-04-21; 20:49:12
jca2023 |
Eu sou um professor de informática com mais de 30 anos de experiência em diversas Escolas, a maioria em Escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária). Ao longo da minha trajetória profissional, tive que enfrentar imensas dificuldades decorrentes das carências estruturais das escolas onde lecionei. Foi uma dura experiência, mas rica. No início da minha carreira, eu me deparava com a falta de equipamentos e materiais nas escolas, o que parecia impossibilitar o desenvolvimento de atividades que fizessem diferença para os meus alunos. No entanto, em uma das escolas em que lecionei, decidi colmatar esses problemas e criei projetos práticos com materiais simples para ensinar informática, mesmo com poucos recursos tecnológicos. Foi um sucesso! Procurei parcerias com universidades e empresas locais para envolver a comunidade escolar e assim, conseguimos superar as dificuldades e, ao fim de dois anos, desenvolvemos um laboratório informático na escola. Foi uma grande conquista para mim e para os alunos. No entanto, tudo isso foi destruído 10 anos mais tarde com o projeto Parque Escolar do Governo Sócrates. Foi um desgosto muito grande para mim ver todo o meu trabalho e dedicação serem destruídos. Apesar de tudo, o episódio que vivi com os alunos demonstra a importância da criatividade, da dedicação e do comprometimento com a educação, mesmo diante de dificuldades. Espero que minha história possa inspirar outros professores e alunos a buscar soluções criativas para os desafios que enfrentam no dia a dia, e que possamos lutar juntos para uma educação de qualidade para todos. |
2023-04-22; 14:08:00
adelaidesousa |
Ao longo da minha carreira como Professora posso considerar que foram vários os episódios relacionados com o meu desenvolvimento profissional. Contribuíram e muito todas as formações realizadas, quer na área de formação específica da Química e da Física (no fundo na área STEM), na área das tecnologias, na área das didáticas, … e também alguns alunos com os quais tive o grande privilégio de os ter presentes em sala de aula e cujo gosto pela parte experimental das ciências, fez com que participassem nas Olimpíadas da Química e da Física e mais tarde, seguissem uma carreira em investigação STEM. Maria Adelaide Lourenço de Sousa |
2023-04-22; 17:57:11
helenacoelho |
No início da minha carreira docente tive a oportunidade de trabalhar durante dois anos exclusivamente com uma turma PIEF-Programa Integrado de Educação e Formação. Este desafio permitiu-me desenvolver múltiplas atividades interdisciplinares, tendo como alicerces pedagogias experimentais significativas e de contexto da vida real. Além disso, tive de associar a estas atividades as barreiras ditadas pelas situações socioemocionais, e de competências, de cada discente. Por exemplo, os alunos elaboraram um trilho (de geologia, biologia ou desporto) que refletisse a sua identidade de origem. Helena Filipa Gomes Dias Coelho |
2023-04-22; 19:34:00
guidaquintas |
Ser professor é estar continuamente em aprendizagem, pois todos os dias há algo de novo que é despertado pelos interesses dos alunos, curiosidades, descobertas que querem partilhar, conhecimentos que querem desenvolver...enfim, uma panóplia de situações que nos trazem para as aulas e com as quais nos desafiam a juntarmo-nos a eles a desvendar e alargar os conhecimentos. Sou professora há muitos anos e, ainda hoje consigo ser surpreendida. Sinto-me priveligiada pela profissão que escolhi, só pelo facto de contactar com a ingenuidade que lhes é tão característica, mas ao mesmo tempo, práticos, curiosos, intuitivos e "descomplicados". Gostam de participar nas atividades, de apresentar propostas, são criativos e adoram desafios. E no final de um ciclo de ensino é tão gratificante e recompensador olhar para os seus rostos e recordar como foi o seu desenvolvimentos pessoal e social, como desenvolveram competências que desconheciam e tornaram-se autónomos; como cresceram fisica e pessoalmente, e depois enchemo-nos de coragem para continuar. |
2023-04-22; 21:54:48
ritaoliveira |
Desde sempre a minha maior preocupação foi a descoberta de metodologias ou estratégias que me permitissem desenvolver competências nos meus alunos para se tornarem aprendizes ao longo da vida. Estimular a curiosidade, dotá-los de ferramentas para que saibam saber fazer perguntas e de procurar respostas com base no que já sabem, é a forma como entendo o ensino. Acredito igualmente que um professor deve ajudar os alunos a desenvolver habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, comunicação e colaboração. Como professora do ensino básico em monodocência o integrar as diferentes áreas do saber em cenários de aprendizagem criados com base nas temáticas de interesse dos alunos fazem todo o sentido. A metodologia STEM corresponde inteiramente àquilo que busco, e como tal, tenho vindo a realizar pesquisa e formação nesta área, junto de instituições que desenvolvem esta metodologia na sua pratica pedagógica (como a Academia STEM de Mangualde ou…) e aprofundando os meus conhecimentos na área das tecnologias. Este ano estou a desenvolver um Projecto de Programação e Robótica com as turmas de 4ºano. Assumindo-se as TIC, no 1.º ciclo, como uma área transversal de carácter eminentemente prático, é importante que as situações de aprendizagem a desenvolver apelem a uma integração curricular plena, mobilizando aprendizagens das restantes componentes do currículo deste ciclo de ensino. Assim, em articulação com os professores titulares de turma foram planificadas sessões que permitissem a integração da área das tecnologias com a dos diferentes saberes, destacando a importância da cidadania digital, pesquisa e seleção de informação na internet, programação e robótica. A plataforma de programação UBBU e a Lego Education Spike essencials, ambas baseadas na metodologia STEM proporcionam possibilidades ilimitadas de aprendizagem de STEM. O período passado, os alunos de uma das turmas tiveram oportunidade de participar numa experiência pedagógica e educativa de grande valor com a presença de um grupo de professores no âmbito do Programa Erasmus+, com o projecto “Bringing STEM to life in our Classrooms”. O grupo de professores assistiu e participou na aula de Programação e Robótica, na qual puderam constatar o entusiasmo e o empenho dos alunos ao utilizarem a plataforma LEGO Spike para as suas aprendizagens, onde aprendem a construir e programar robots que realizam uma variedade de tarefas, aprendem a trabalhar em equipa, a resolver problemas e a pensar criticamente. Esta experiência tem sido extremamente enriquecedora, sinto que os alunos estão verdadeiramente motivados e interessados na sua aprendizagem. |
2023-04-22; 21:55:34
isabelvaz |
Relativamente ao meu desenvolvimento profissional, uma das atividades que mais me marcou foi a participação numa atividade intitulada Matemática na Cidade. O objetivo era procurar elementos matemáticos em janelas e vitrais. Esta atividade fez-me ver a cidade (Viana do Castelo) com outros olhos. Analisar a construção, a arquitetura, questionar como construíram vitrais e elementos de ferro para colocação nas janelas e varandas, procurar relações matemáticas e com elas criar exercícios e problemas relacionados com isometrias, contagens, padrões, paralelismos e perpendicularidade, despertou em mim a busca pela interdisciplinaridade das aprendizagens. Esta prática, realizada ainda nos anos que realizava a Licenciatura de Professores de 1.ºciclo - variante Matemática e Ciências Naturais, influenciou todo o meu percurso profissional e a busca de informação sobre a temática da interdisciplinaridade. Foi com agrado que, nos últimos anos, me deparei com a metodologia STEM e STEAM, ainda pouco falada/desenvolvida em Portugal, mas com elevado potencial no desenvolvimento das competências dos alunos para o século XXI. Por: Isabel Vaz |
2023-04-22; 22:41:11
pauloneves |
É-nos sempre difícil escolher um momento, pois o dia a dia de um professor já se encontra repleto de momentos marcantes, a grande maioria motivador para a nossa continuidade nesta profissão. De todo o modo sempre podemos realçar o dia em que, no âmbito de uma reunião de encarregados de educação, um dos pais confidenciou-nos e sic “hoje ao falar com a minha filha ela respondeu-me – não, eu trato o meu professor por tu, pois ele é nosso amigo”. Esta expressão foi reveladora da proximidade que procuro acentuar junto dos alunos e sobretudo a relação de confiança e amizade que nos envolve na comunidade escolar. Em resposta ao comentário do pai, procurei realçar exatamente esta ligação especial e sobretudo de que o nosso desenvolvimento profissional é, acima de tudo, um desenvolvimento pessoal e uma ligação direta ao nosso bem estar e emoções. Paulo César Valente Neves |
2023-04-23; 00:45:49
rnpvdi |
Pessoalmente considero que a escolha da minha profissão como professora e a vontade de ensinar tem como fio condutor diversos fatores familiares e sociais. Recordo com muito carinho antigos professores e a menina que em mim viveu sonhava que seria possível ajudar com empatia outras crianças a compreender o que ela às vezes percebia com mais facilidade. Descobri ao longo destes anos a ensinar vários anos de escolaridade que ensinar o que nos parece fácil é um enorme desafio e que ensinar conteúdos científicos matemáticos implica muitas coisas em simultâneo mas talvez uma das mais importantes seja a empatia e a dificuldade em tornar simples e acessíveis conteúdos muitas vezes complexos e abstratos. |
2023-04-23; 09:30:52
sergioleal |
Existem vários episódios que poderia relatar, mas irei destacar duas situações em particular. Antes de mais posso dizer que a minha situação profissional e escolha se deveu, essencialmente, a dois professores que tive no meu 12º ano. A professora Suzel de Química e o professor André de TLQ. Estava para seguir Desporto e no 12º ano acabei por ir parar à Química :) Relacionado com o meu desenvolvimento profissional destaco uma formação que dei como formador no AE de Alvalade, associado a um projeto STEM e cuja finalidade da formação seria elaborar vários guiões e experiências STEM que fossem possíveis de reproduzir por professores de diversas áreas (professores de DAC essencialmente). A formação foi totalmente prática e investigativa e tinham de ser apresentados protótipos reais do que iria ficar num espaço físico da Escola Secundária previamente escolhida para o efeito. Foram envolvidos professores/formandos de 4 grupos disciplinares (Física e Química, Matemática Informática e Biologia e Geologia) e cada grupo de trabalho tinha obrigatoriamente um professor de cada grupo disciplinar. Foi uma experiência que gostaria de repetir um dia sem qualquer dúvida de tão gratificante que foi o resultado final. Outra situação e para ser breve, é o facto de organizarmos anualmente no meu AE Amadora Oeste um Festival de Ciência, onde os principais promotores são os meus colegas de grupo de Física e Química, mas onde envolvemos professores de vários grupos disciplinares onde, durante 3 dias, envolvemos todos os níveis de escolaridade (desde o JI ao ensino noturno). Passam mais de 1500 alunos nas inúmeras atividades e onde os sorrisos EUREKA são o nosso pagamento de um trabalho árduo de preparação e que no final acaba por valer a pena. Sérgio Carreira Leal |
2023-04-23; 18:20:13
Regina Almeida |
Para dar conhecer a problemática Poluição Luminosa, e comprovar a importância das metodologias Exploratórias e Investigativas na formação de alunos, promovi no Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos um projeto de interação formativa professores-alunos-alunos - professores envolvendo vários níveis de ensino, O projeto iniciou com a apresentação da problemática Poluição Luminosa a duas turmas, uma 9ºano e outra de 10º ano. Os alunos do 9ºano apresentaram à direção da escola o projeto a desenvolver; apresentaram a problemática “Poluição Luminosa” a uma turma de primeiro ciclo (3º/4ºano), a uma turma de 7ºano e a uma turma de 8ºano; construíram uma maqueta ilustrativa de erros na iluminação, em colaboração com alunos do 12º ano do curso profissional de Energias Renováveis; orientaram os alunos das turmas de 7º e 8º ano na duplicação da divulgação da problemática; e efetuaram também uma auditoria à qualidade da iluminação na escola e numa das zona da vila, apresentando os respetivos relatórios à direção da Escola e Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Com os materiais produzidos pelos alunos de 9º ano, a turma de 10º ano apresentou a problemática Poluição Luminosa a uma turma de 6º ano. A interação formativa professor- aluno - aluno - professor, completou-se numa sessão de apresentação da problemática Poluição Luminosa, dinamizada pelos alunos da turma de 3º/4º ano, dirigida aos restantes docentes do 1º ciclo do agrupamento, a qual decorreu em auditório, sessão esta a qualquer docente do agrupamento e encarregado de educação dos alunos. Nesta sessão foram utilizados materiais construídos por pelos alunos da turma do 1º ciclo, sob a orientação da docente titular da turma. Esta sessão coincidiu com o encerramento do projeto, que incluiu uma Palestra dirigida aos professores promovida pelo NUCLIO e um Café Ciência sob a temática Poluição Luminosa, com sessão de observação noturna do céu. Este projeto contribuiu para comprovar a importância das metodologias Exploratórias e Investigativas na formação de alunos interventivos e autónomos, demostrando que o aluno aprende melhor executando e comunicando em ambiente onde o seu papel de agente ativo no processo de aprendizagem é valorizado é indispensável. A relação de trabalho cooperativo que estabeleci com os alunos foi extremamente motivadora e gratificante tendo incrementado a minha energia e gosto pela docência. |
2023-04-23; 18:31:47
Regina Almeida |
Para dar conhecer a problemática Poluição Luminosa, e comprovar a importância das metodologias Exploratórias e Investigativas na formação de alunos, promovi no Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos um projeto de interação formativa professores-alunos-professores envolvendo vários níveis de ensino, O projeto iniciou com a apresentação da problemática Poluição Luminosa a duas turmas, uma 9ºano e outra de 10º ano. Os alunos do 9ºano apresentaram à direção da escola o projeto a desenvolver; apresentaram a problemática “Poluição Luminosa” a uma turma de primeiro ciclo (3º/4ºano), a uma turma de 7ºano e a uma turma de 8ºano; construíram uma maqueta ilustrativa de erros na iluminação, em colaboração com alunos do 12º ano do curso profissional de Energias Renováveis; orientaram os alunos das turmas de 7º e 8º ano na duplicação da divulgação da problemática; e efetuaram também uma auditoria à qualidade da iluminação na escola e numa das zona da vila, apresentando os respetivos relatórios à direção da Escola e Câmara Municipal de Salvaterra de Magos. Com os materiais produzidos pelos alunos de 9º ano, a turma de 10º ano apresentou a problemática Poluição Luminosa a uma turma de 6º ano. A interação formativa professor- aluno - aluno - professor, completou-se numa sessão de apresentação da problemática Poluição Luminosa, dinamizada pelos alunos da turma de 3º/4º ano, dirigida aos restantes docentes do 1º ciclo do agrupamento, a qual decorreu em auditório, sessão esta a qualquer docente do agrupamento e encarregado de educação dos alunos. Nesta sessão foram utilizados materiais construídos por pelos alunos da turma do 1º ciclo, sob a orientação da docente titular da turma. Esta sessão coincidiu com o encerramento do projeto, que incluiu uma Palestra dirigida aos professores promovida pelo NUCLIO e um Café Ciência sob a temática Poluição Luminosa, com sessão de observação noturna do céu. Este projeto contribuiu para comprovar a importância das metodologias Exploratórias e Investigativas na formação de alunos interventivos e autónomos, demostrando que o aluno aprende melhor executando e comunicando em ambiente onde o seu papel de agente ativo no processo de aprendizagem é valorizado é indispensável. A relação de trabalho cooperativo que estabeleci com os alunos foi extremamente motivadora e gratificante tendo incrementado a minha energia e gosto pela docência. Maria Regina da Costa Massano Almeida |
2023-04-23; 18:48:19
João Varandas Santos |
O episódio mais marcante do meu desenvolvimento profissional, foi o momento que optei pelo ingresso no Mestrado em Ensino. Dava aulas numa escola TEIP, com grupos de uma exigência tremenda. Foi um ano terrível. Refleti e achei que não sabia o que era ser professor. Não podia ser aquilo, apenas empirismo absoluto. Teria que haver método, fundamentação científica na concepção de uma aula. Foi das melhores decisões que tomei. Aprendi e compreendi que nunca irei saber para sempre como terei que agir, como terei que planificar, como terei que antever, e que não faz mal experimentar, não faz mal testar, que devo aprender também todos os dias em sala de aula. |
2023-04-24; 00:13:50
nbotelho |
O primeiro episódio que considero relevante para a minha escolha e desenvolvimento profissional aconteceu quando estava no 9.º ano de escolaridade, decorria o ano de 1994. Nessa altura, os computadores estavam a começar a entrar nas vidas profissionais, nas mais diversas áreas e eu com outro colega, decidimos frequentar os cursos da INFORJOVEM, para aprender MSDOS, LOTUS123, FORTRAN, WINDOWS. Éramos os únicos miúdos a frequentar os cursos e fomos efetivamente os melhores alunos. Inclusivamente, fomos convidados para ser formadores no ano seguinte, com a impossibilidade de termos apenas 16 anos. A ideia de ensinar foi plantada naquele ano, mas a área acabou por mudar para Física, depois de ter frequentado as aulas de Técnicas Laboratoriais de Física, com o professor João Lucas, no Liceu João de Deus (Faro). O estudo prático da Física mostraram-me uma área que me apaixonou, não só pelos conteúdos estudados, como pela aplicação prática que existia daqueles conceitos nas muitas tecnologias que cresciam e evoluíam de dia para dia. Esta disciplina, agora descontinuada, mostrou-me que a abordagem pela descoberta, pela experimentação, pelo erro e melhoria eram um excelente método para motivar e despertar a curiosidade nos alunos. Nuno Carlos Justino de Oliveira Botelho |
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